sábado, 26 de dezembro de 2009

Rio + 20, vinte anos depois...

Por Pedro Martins


O Brasil fará parte novamente da agenda ambiental internacional em 2012 com a Rio + 20. A informação é da Folha de S. Paulo (26/12). O evento foi confirmado em Assembleia-Geral da ONU anteontem, de acordo com o Itamaraty. O presidente Lula foi um dos que sugeriu a realização da conferência no país, quando se encontrou com líderes políticos no mês de setembro.


A Rio + 20 marca duas décadas da Rio-92 (ou Eco-92), evento que impulsionou importantes medidas do governo e da sociedade na luta a favor do desenvolvimento sustentável. Além disso, foi um momento coletivo de tomada de consciência acerca dos problemas que o homem causa ao meio ambiente. Ali estiveram presentes centenas de representantes políticos de diferentes nações nas mesas de debates.


Vinte anos depois, então, o Brasil voltará ao centro das discussões sendo palco para um econtro que reunirá líderes - governamentais e da sociedade - de todo o mundo.



sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Terceiro setor contribui com evento parlamentar

* Por Pedro Martins

Representantes do movimento ambientalista da Baixada Santista e outras entidades da sociedade civil organizada participaram nessa sexta-feira, 18/11, do primeiro encontro feito no litoral pela Frente Parlamentar Ambientalista de Vereadores do Brasil. Sentaram à mesa as seguintes organizações: Caaoby, representada por Fábio Dib; Instituto Ecofaxina, com a presença de Willian Schepis e também o Movimento Nacional de Catadores, que teve explanação do líder Roberto Laureano.

Todos eles trataram de problemas ambientais que dizem respeito à região metropolitana que abrange os municípios do litoral centro-sul de São Paulo.

Dib lembrou da importância da participação dos cidadãos na criação de leis e normas, algo a ser feito por meio de conselhos deliberativos e normativos. O Consema, por exemplo, é um deles, do qual a Caaoby faz parte. “O interesse público ambiental tem que estar presente em toda a sociedade”, disse ele.

Resíduos sólidos

A degradação escandalosa da área conhecida como Dique da Vila Gilda, na Zona Noroeste de Santos, é o foco do trabalho da Ecofaxina, uma ONG recém formada por biólogos da Universidade Santa Cecília. “Aquilo é uma negligência do poder público”, criticou. Resíduos sólidos também são objeto de ação para o Movimento Nacional de Catadores, mais precisamente objeto de trabalho. “Os catadores tem muito a contribuir para o país”, afirmou Laureano, que mostrou de que forma o lixo faz parte de uma cadeia produtiva que gera renda e emprego.

A frente de vereadores é um braço de uma articulação de âmbito nacional, que tem por objetivo fortalecer o debate a respeito das políticas ambientais do país. Para o vereador Fábio Alexandre (PSB), principal incentivador da idéia na região, um dos ganchos do evento é “diminuir cada vez mais a submissão do poder legislativo ao executivo”, além de “qualificar parte dos vereadores sobre os temas ambientais e suas transversalidades”.

Os parlamentares convidados para a cerimônia de abertura do evento ausentaram-se dos debates temáticos.

Veja também:

www.frenteambientalista.org


segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Aquecimento global, uma bobagem?

A premissa científica para as discussões que estão acontecendo em Copenhague, na Dinamarca (COP-15), desde a última semana, é questionável dentro do âmbito acadêmico. Do ponto de vista da ciência, afirmar categoricamente que o homem é o principal causador das alterações climáticas que o planeta está sofrendo pode ser um erro.

Há um embate entre dois grupos: os que defendem que as atividades antrópicas sejam responsáveis pelo aquecimento global (aqui estão os cientistas reunidos pela ONU no Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas) e aqueles que refutam a metodologia utilizada para levantar dados que apontam na direção de uma possível aceleração no aumento da temperatura (pesquisadores que afirmam estarem sofrendo boicotes para publicar opiniões contrárias).

Vivemos inundados de informação. Muitas vezes acabamos desinformados. Em poucas linhas, vale lembrar que o dióxido de carbono é responsável pelo efeito estufa, que por si só é um fenômeno essencial para manter a temperatura da terra em ação conjunta com a radiação solar. A questão levantada é se a quantidade de toneladas mandadas a cada segundo para a atmosfera pelos processos industriais, emissão de automóveis, desmatamento, pecuária, etc, não estaria chegando a níveis exorbitantes.

E para além de uma discussão quase técnica, seria bom que ambos os grupos descortinassem para o público quais são os interesses políticos reais por detrás dos vieses que resolveram adotar.

A COP-15, mesmo sendo comandado por figurinhas marcadas (ONU, EUA, China, Brasil, etc), faz parte de um contexto muito mais amplo, que é o ambientalismo, um movimento social surgido justamente para questionar valores de uma sociedade capitalista. Estudos acerca da sociedade também são importantes, aqui, para entender que existem diferentes linhas de ambientalismo vigentes.

Resumindo, uma pergunta: qual é o engajamento propositivo que queremos?

Links:

http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultnot/2009/12/11/nao-existe-aquecimento-global-diz-representante-da-omm-na-america-do-sul.jhtm

http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/afinal_ha_um_metodo_confiavel_para_se_avaliar_os_niveis_atmosfericos_de_dioxido_de_carbono_.html