sábado, 29 de janeiro de 2011

Informação ou maquiagem?

Cada vez mais em supermercados, lojas de conveniência e outros pontos de consumo, é possível encontrar produtos com mensagens ambientais positivas associadas a eles. Mas serão essas mensagens coerentes com as práticas industriais, logísticas, operacionais e sociais das empresas? Serão elas verdadeiras?

No intuito de desvendar tais questões, o instituto de pesquisas Market Anylises fez um levantamento de publicidades veiculadas nas revistas Veja e Exame. De 2009 para 2010, houve um crescimento, de 135 para 168 anúncios, que abordavam Responsabilidade Sócio Empresarial.

Também foi realizada uma pesquisa em 15 grandes estabelecimentos, que incluiu: farmácias (2), supermercados, (2) livrarias (2), multicategorias (4), utilitários domésticos (2), brinquedos (1) e vestuário (2).

Em síntese, trata-se de uma análise que se propôs a identificar até que ponto as informações contidas nos produtos não seriam somente greenwashing. Em outras palavras: uma maquiagem verde, destinada a formação de uma imagem institucional ecologicamente amigável.

A metodologia utilizada baseou-se em sete categorias para qualificar os rótulos dos produtos. Uma delas diz respeito a incerteza transmitida pelas mensagens, ou seja, informações superficiais ausentes de um significado claro. Por exemplo: não tóxico (água pode ser tóxico); natural (arsênio é natural); e verde. Foi a categoria que mais teve incidências de produtos brasileiros: 46% dos rótulo analisados.

O estudo, publicado em setembro do ano passado na revista Ideia Sustentável, ainda é atual e vale a pena ser consultado por quem se interessa pelo tema. De certa forma, é uma fotografia de como anda a relação de confiança (de uma parte) e de respeito (de outra) entre consumidores e empresas.

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