domingo, 21 de agosto de 2011

Movimento contra Belo Monte articula passeatas em diferentes países

Desta vez foram cerca de 2 mil pessoas nas ruas de São Paulo, segundo os organizadores, para pedir o fim das obras de Belo Monte. O movimento cresce a cada encontro.

Rio de Janeiro, Brasília, Belém e outras dez cidades também participaram do chamado Ato Mundial Contra Belo Monte, encabeçado por rede de ambientalistas de diferentes países.

No Brasil, "Xingu Vivo para Sempre", "Frente Pró-Xingu" e "Brasil pelas Florestas" foram os movimentos da sociedade civil responsáveis pelas articulações.

Protestos do mesmo tipo estão marcados para acontecer nesta segunda-feira, 22, em 16 países. Dentre eles: Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra, Noruega e Turquia.

Recentemente, a Organização dos Estados Americanos (OEA) solicitou ao governo brasileiro uma revisão no plano de construção da usina. O pedido foi ignorado.

A passeata da capital paulista foi puxada por integrantes das comunidades indígenas Kapalo, Kamayurá e Xavante. Enquanto entoavam cantos, faziam danças, tocavam instrumentos e fumavam cachimbo, aproveitavam para dar pauladas carregadas de raiva e tocar fogo em dois bonecos de palha.

Quem estava representado ali? Principalmente a presidente Dilma, Roussef , que está virando as costas para o principal conflito sócio-ambiental do país, e o presidente do Ibama, Kurt Trennepohl. Mas também toda a classe política e empresarial interessada nos resultados financeiros que a obra trará no curto prazo.

Em baixo de chuva, os manifestantes, após fecharem de maneira pacífica os dois sentidos da Avenida Paulista, desceram pela rua Hadock Lobo em direção a sede do Ibama. O órgão concedeu as licenças para a construção da hidrelétrica no rio Xingu (PA) sem cumprir todas as condicionantes previstas.

Para os organizadores da manifestação em São Paulo, é importante que seja criada uma rede mundial da sociedade civil contra a execução do projeto.

Interessados podem obter mais informações pelo site www.brasilpelasflorestas.blogspot.com.

Fotos: Pedro Martins

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